quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Algumas conclusões sobre a infraestrutura para a Copa do Mundo


O primeiro dia do World Cup Infrastructure Summit – Fórum de Infraestrutura das Cidades Sede da Copa de 2014 iniciou no dia 21 de setembro em São Paulo. Esta é a segunda edição do evento e reuniu mais de 200 executivos de diversos setores. Representantes do Governo, construtoras, secretarias estaduais, fornecedores de equipamentos e serviços debateram a viabilidade de projetos e o desenvolvimento da infraestrutura para a realização da Copa de 2014.

O evento se iniciou com as apresentações de José Bernasconi, do Sinaenco, Magnólia Daniel do Ministério dos Transportes, Melvyn Fox da ABRAMAT, Antonio Bonassi da ABIMAQ, Stenio Franco da ANTP, João Carlos de Oliveira Mello da Andrade & Canellas e Carlos Faria da Cidades Solares. Neste painel o teor das discussões foi de preocupação. De maneira geral, para os palestrantes, o país está atrasado com o cronograma de construção das arenas esportivas e com as demais obras de infraestrutura necessária.

“Desde o anúncio do Brasil como sede da Copa de 2014 foi feito muito pouco”. Esse foi o tom dos comentários de boa parte dos palestrantes e participantes do evento. Há muita preocupação com os prazos para início e andamento das obras e também com relação a manutenção dos custos das obras dentro do orçamento dos projetos.

De qualquer forma, representantes das cidades do Rio de Janeiro, Cuiabá, Belo Horizonte e Salvador estiveram presentes no painel de financiamentos e investimentos público e privado na tarde do primeiro dia de evento. Neste painel eles tiveram a oportunidade de apresentar os projetos dos estádios e de infraestrutura urbana previstos para estas cidades. Além disso, também puderam debater o atendimento ao cronograma da FIFA® e as perspectivas para o pós-copa e o tão debatido legado que a Copa do Mundo pode deixar para estas cidades.

O legado da Copa de 2014 foi também apontado por diversos palestrantes. Os investimentos tão necessários em saneamento para diversas cidades, a utilização de energia solar, a melhoria no transporte das grandes cidades, o reorganização do setor aeroportuário, o crescimento no fluxo de turistas, são algumas das possibilidades apresentadas.

No segundo dia de evento representantes dos comitês das cidades sede estiveram presentes em painéis sobre transporte, turismo e infraestrutura para estádios. Os debates durante estes painéis foram intensos e com grande participação de todos os presentes. A viabilidade financeira de algumas arenas foi colocada em questão e a indefinição com relação a algumas obras novamente entrou em pauta.

Para 2011 o evento terá a sua terceira edição e desde já ficam algumas questões que certamente estarão na pauta de discussões. Quais serão as cidades que receberão a Copa das Confederações? Em 2013 já acontece a Copa das Confederações, uma espécie de teste da infraestrutura para a Copa do Mundo. Considerando esse cronograma que cidades estarão preparadas para receber este evento? Tema que também ganhará importância é a questão da segurança pública. Qual será a estratégia definida pelas cidades? Qual o envolvimento da iniciativa privada? Quais as tecnologias que serão utilizadas?   

Em 2010, o World Cup Infrastructure Summit atraiu mais de 200 participantes que participaram dos debates nos dois dias de evento. Além das palestras havia também uma área de exposição com a presença de importantes empresas que visam negócios na Copa de 2014, como: Arcelor Mittal, SAP, Autodesk, Eurobras, Bentley, Lindsay, Transsen e Bombas Grudfos.

O WCIS 2010 é uma iniciativa da VIEX Americas, empresa de informação empresarial que desenvolve conferências e seminários para as áreas de infraestrutura, energia e recursos naturais.

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